quinta-feira, 7 de outubro de 2010

SELEÇÕES ALDACIR CASAGRANDE

ORAÇÃO DO ALUNO APAIXONADO
( ou da paixão não correspondida)

Senhor!
Hoje estou triste. Meu coração dói, comprimindo o peito.
Sinto-me tão pequeno, tão carente. Sinto-me desamparado.
Chorar, já chorei tudo que podia. Mas há um buraco dentro de mim
que teima em não fechar. E como isso me angustia.
Tu sabes, Senhor, o quanto estou apaixonado.
Sabes o tamanho do meu desejo em estar com quem amo.
E sabes, também, do sentimento da rejeição, de pequenez, que toma conta de mim.
E eu, a cada dia, peço para não mendingar afeto. Mas não consigo.
São noites que passo em claro. Não sei se é imaginação ou sonho.
Quando amanheçe, não sei se dormi ou se fiquei a projetar imagens em minha cabeça.
Mas acordo triste. Triste por saber que meu amor não me ama.
E por mais que eu tente encontrar razões, não consigo.
Só fico a me perguntar: Por quê? Por que não?
Já fiz de tudo. Primeiro, criei jogos de amor, de sedução. Depois acabei me revelando.
Chorando, disse tudo que sentia. Falei do hoje, do amanhã.
Fiz planos para uma vida inteira juntos. E, como resposta, nada ouvi.
Apenas um olhar de compreenção e um gesto como a dizer que, com o tempo,
o sentimento passa.
E aí me arrependi, e briguei, e me arrependi de novo, e me desculpei. E, de tentativa em tentativa, fui me tornando vazio. Vazio de mim mesmo.
Senhor! As pessoas dizem que é assim mesmo.
Que o tempo será meu grande aliado para que esta ferida fique cicatrizada.
Mas ninguém sabe me dizer quanto tempo será necessário para que, um dia, eu acorde,
abra a janela, contemple a luz do céu e me sinta feliz. Eu quero esquecer, Senhor, mas me sinto frágil.
Mas me sinto tão frágil. É tão triste a rejeição. Eu quero esquecer, Senhor.
Talvez esse meu problema não seja tão grande para a humanidade. Há tantas pessoas que sofrem por coisas piores. Eu tenho tudo. Tenho saúde. Tenho juventude. tenho a vida toda pela frente. Mas hoje...hoje, tenho de ser honesto. o meu sentimento é de que não tenho absolutamente nada. E de que a vida não faz o menor sentido.
Há momentos em que me arrependo de ter começado a amar. Mas acho que não foi decisão minha. Surgio. Veio do nada. Veio de um olhar. De um tom de voz. De um sorriso. De um abraço.
Veio de um encontro que, num instante, me fez sentir totalmente diferente.
E um frio na barriga começou a me acompanhar, e eu comecei a mudar a cada dia.
lutei para ficar mais bonito. para cuidar dos pequenos detalhes. para chamar a atenção, parecendo achar natural. Lutei tanto para que minha presença fosse agradável. lutei tanto para que meu amor protegesse, envolvesse, acalentasse. E nada.
Somente o silêncio de quem, talvez, tenha outro amor.
Muitas vezes, fiquei a me perguntar se não estaria usando a estratégia errada. por vezes desculpei a timidez. inventei histórias na minha cabeça para justificar o amor não amado.
Mas agora, Senhor, quero voar em outros horizontes. Pelo menos, hoje.
Pelo menos nesse instante. Eu já existia antes de começar a viver esse amor.
E tenho certeza de que continuarei a existir depois, quando ele se for. E é por isso que quero voar.
Quero voar, Senhor, e durante meu voo poder contemplar tudo quanto ficou esquecido durante essa minha passagem por um ninho que não me deu guarida. Não quero ter ódio, não quero desejar o mal, . Só quero seguir meu vôo. E permitir que o pássaro também continue seu vôo.
Infelizmente voaremos separados. Cada um cumprindo seu oficio. Cada um vivendo o seu sonho.
Cada um obedecendo ao seu sentimento ou, talvez, tentando controlá-lo. Enfim, o vôo não acabou.
Agora estou um pouco melhor, Senhor. Tenho certeza de que me ouviste. A dor ainda não passou.
A paixão teima em me fazer companhia e soprar em meus sentimentos alguma esperança.
Quero recuperar me voo e ir adiante. Quem sabe, neste lindo horizonte, algum pássaro possa me fazer companhia, e o que eu sinto será apenas a lembrança de uma dor profunda, que não existirá mais.
Obrigado, Senhor! Obrigado pelo dom do amor.
Pela capacidade de amar intensamente, e pela capacidade de sofrer. obrigado, Senhor!
Obrigado por ser inteiro nos meus sentimentos. Antes isso do que a sensasão de nunca ter amado, de nunca ter sofrido, de nunca ter existido. Este vendaval é vilolento, mas me faz sentir vivo. E isso é bom. Já estou um pouco melhor. pelo menos agora, estou melhor.
Amanhã, quando a dor voltar, lembrarei de Ti e melhorarei um pouco mais. Até o dia que a teia dessa paixão me libertar, para talvez cair em outra.
Mas quem sabe da próxima vez, o encontro seja mais belo, e a flechada de Eros atinja os dois corações.
E terei forças para esperar a dor passar, e ver o amor ressurgir.
Amem

GABRIEL CHALITA

terça-feira, 7 de setembro de 2010

PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ


" Assim como procede do homem, a atividade humana se ordena ao homem. Com efeito, o homem quando trabalha, transforma não somente as coisas e a sociedade, mas se aperfeiçoa a si mesmo. Este desenvolvimento, bem entendido, é de valor maior que as riquezas que ele possa ajuntar. O homem vale mais por aquilo que ele é do que por aquilo que ele tem. Igualmente todos os homens possam fazer para alcançar maior justiça, mais ampla fraternidade e uma organização mais humana nas relações sociais...Ser libertos da miséria, encontrar com mais substência, a saúde, um emprego estável; ter maior participação nas responsabilidades, excluindo qualquer opressão e situações que ofendam sua dignidade de homens.; ter mais instrução; numa palavra, realizar, conhecer e possuir mais para ser mais; tal é as aspirações dos homens de hoje, quando grande número deles estão condenados a viver em condições que tornam ilusório este legítimo desejo."

Programa Adolescente Aprendiz


Familias comprometidas com o amor ao próximo.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

SELEÇÕES DE ALDACIR CASAGRANDE

CARTA ENTRE AMIGOS II

O universo da procura é mais rico que o da descoberta.
Sentir saudade de alguém é dar sentido á sua existência.
Temos esse poder. O poder de dar significado às pessoas que amamos. O poder de tirá-los do meio da multidão e ajudá-las fraternalmente. Pessoas caídas que precisam de uma mão. Temos duas. Pessoas fragilizadas. Precisam de uma palavra. Temos tantas. E as usamos com tantas imprecisões, com tanto desperdício, que na hora certa acabamos calados, economizando elogios, ternura.
Seria esse o segredo do amor? Quando Vinícios de Moraes brinca de um amor que é apenas chama, portanto se apaga, e conclama que seja imortal apenas enquanto dure, não estaria ele falando de um amor paixão? Fala o poeta em riso e em pranto, em pesar e em contentamento. A paixão não é assim? Barulhenta? Brincalhona?
Quanto menos correspondida, mais sentida? Ou isso é teimosia?
Talvés seja uma discussão semântica desnecessária distinguir amor de paixão. Há quem use paixão como efemeridades de encontros banhados apenas por desejos frementes. Há quem use o amor no mesmo sentido, distinguindo, entretanto, amor ágape de amor eros. Amor que constroe de amor que extingue. Ou esse último não é amor?
A paixão, ou amor eros, é arrebatadora. A história da literatura é recheada de lindos encontros e desencontros de amor.. Desde a tessitura de Penélope aguardando o seu Ulisses, na apologia da fidelidade da mulher aos seu amado ou da mulher a ela mesma, à espera, passando por Eros e Psique e o ciume doentio de Afrodite. Histórias mitológicas que se misturam a histórias reais como a de Dante e Beatriz. Quantas vezes se encontram o genial artesão da palavra e a menina mulher? Três vezes, no máximo. O que importa? Tudo de Dante tinha Beatriz. Desde a primeira pausa da calmaria dos sentidos até o último dia Beatriz viveu em Dante. Como Marilia em Dirceu. Transformados pelo amor, transmutados pelo extase poético dos livros e das teias da vida.
Amores reais ou exagerados em poesia. Marília era a musa inspiradora ou mulher atendida? Amores reais ou sentimentos projetados? O romance da cavalaria de Tristão e Isolda que influenciou tantos outros escritos lacrimejantes de amor começa assim:
Se quiserdes ouvir, gentis senhores, uma história de amor e morte, eis aqui o romance do do cavaleiro Tristão e da sua rainha Isolda, de como os dois se amaram na alegria e continuaram a se amar na tristeza, de como um dia morreram daquele amor, ela por ele, ele por ela.
Há tantas outras perdas. Tantos outros medos. O medo de não ser amado é doloroso demais. É como um botão fechado de flor. Cada vez que se contempla o jardim, vê-se o botão e se tem esperança de que um dia ele haverá de desabrochar. A esperança alimenta a dor. Quanto mais o avido do amor se aproxima, mais sente a resposta dos espinhos. E há tantas flores. Quem sabe por que aquela e não outra foi a escolhida?
Os sorrisos se perdem e o mundo de apequena. Nada mais tem sabor. Os encontros voltam a perder o significado porque só uma mão interessa para ser enlaçada. Os dizeres de tantas vozes carinhosas se perdem. É a surdez da espera de uma única sinfonia que ainda nem tenha sido composta. Projeções.
As pessoas que se apaixonam e não são correspondidas têm esse medo do silêncio que desnuda os sentimentos e edifica o oráculo, a intimidade dos segredos que segregam, quando não há barulho, a parte mais complexa de nossas dores. Fala-se muito para que o silêncio não revele o essencial. É o temor que tem a face embrutecida pela rudeza das opções equivocadas.
É preciso sair do escuro e reecontrar a luz.
É preciso dar tempo. Sobre a beleza de chorar por alguém. De chorar por amor como consciência de estar vivo. Chorar por amor é melhor do que sua ausência. Chorar o tempo certo, depois é preciso viver. Era essa a saberdoria: chorar o tempo certo! O tempo da compreensão de que o outro não nutre por mim os mesmos sentimentos.
Não há amor eros quando apenas um ultrapassa a margem do rio. O banho não é solitário. E não é inteligente jogar água em quem não quer se molhar.
Este jeito de amar quem não merece.
Eu insisto em ver as margens
Quando vês o coração
A margem faz com que julguemos na superficialidade de nossos pseudoencontros. Conhecemos e não gostamos ou conhecemos e já nos apaixonamos perdidamente como se não houvesse vida sem a pessoa que ontem chegou. Não importa se já vivemos trinta, quarenta, ou cinquenta anos sem esse encontro. A partir dele tudo se transformou. Ilusão!
O medo de não ser amado é recorrente em um mundo pouco preocupado com os sentimentos alheios.
Há tanta gente cheia de beleza que se perde à beira do caminho à espera desse suposto amor. Enfeitam-se diante das negativas de seus desejos, diminuem-se diante da morte de suas aspirações. Trata-se de feridas dolorosas, remexidas, de uma corrosão da autoestima. Deixam de lado o viço da juventude ou de qualquer idade para esperar. E a travessia fica sem sabor.
Aos amantes não amados, não um conselho, mas um intento amoroso. Abandonar as roupas usadas e ousar novos caminhos. É um desperdicio deixar o burburinho interminável da teimosia, roubar a preciosidade da solidão e do silêncio. Não há por que ter medo. É bom ficar a sós e reconstruir com as pedras e enfeitar com flores os sobrados que se desmancharam por aí. Talvez não fique igual. Talvez seja melhor que nasça diferente. As comparações podem ser corrosivas do metal nobre da escultura em modelagem ainda frágil. Não há pessoas iguais nem sentimentos iguais. Há novas tentativas, novas formas de descobrir e dar significado a um rosto que só era multidão.


Gabriel Chalita e Pe. Fábio de Melo. Carta entre amigos.

SELEÇÕES DE ALDACIR CASAGRANDE

CARTA ENTRE AMIGOS

Fomos plantados em solos em solos fertilizados com sofrimentos e esperança. A poesia misturada a alguma tristeza torna os dizeres mais profundos. A felicidade só deixa de ser utopia quando nos completamos com a inteligência e o afeto do outro. Não entendo a tristeza como ausência de felicidade. Acho que elas coexistem. Somos felizes e tristes. Felizes porque tentamos entender nossa missão. Tristes porque assim tem que ser. A tristeza nos empresta respeito ao outro e percepção mais aguçadas da dor. Talvez tristeza seja ausência de alegria, de riso fácil, não de felicidade.
Não há amor sem conquista. Os amantes precisam ao menos se deixar conquistar. As artimanhas da sedução tem um encantamento própriode quem tenta tocar no pronto frágil e depois fortalecer juntos. Amores doidos e não correspondidos. Histórias de ausências, de lágrimas, de quem deu e não recebeu. Não deveria ser gratuito o sentimento daquele que ama? Não é gratuita a chuva que cai abundantemente? Será que as pessoas que mais sofrem são as que mais amudurecem? Será que a dor é que tem poder de dar majestade ao amor?
Sacrifício por amor tem menos dor.
Choro hoje a impossibilidade dos afetos.
Falar apenas que é preciso ter fé parece não diminuir a angústia de uma vida de ausências arbitrárias.
" O amor nos socorre do esquecimento. Retira o poder definitivo da lápide, porque sobrevive na continuidade do que plantamos"
A dor é um território santo. Não gosto de respostas apressadas. Tenho medo de dizer, sem dizer, afinal, o que há de mais precioso nesta vida costuma ser vivido e experimentado a partir do silêncio frutuoso. A boa palavra se alimenta de silêncios e pausas. Há palavras que não combinam com explicações. E mesmo que explicassões existissem , não seriam capazes de aplacar a dor que provocaram. Frases simplórias e descomprometidas com a verdade não resolvem; ao contrário, agravam ainda mais o sofrimento, porque geram orfandade, descrença e abandono.
Justificam as tragédias humanas como "vontade divina", retirando assim a responsabilidade humano dos acontecimentos, frutos das escolhas que fazemos.
Eu ainda prefiro o abraço solidário, o silêncio que nos permite proximidade e o comprometimento com a dor que me toca. Ainda prefiro sentir o vento frio do calvário a procurar aquecimento mórbido do sepulcro que nos cala antes da hora.
Tenho medo quando o discurso religioso é utilizado para responder de forma mágica a questões que são humanas , sangradas no asfalto das cidades, em lugares que nossos olhos não alcançam.
"Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico, na música de seus versos"
Sofrimentos que antes eram capazes de me sepultar, agora me sugerem experiência de plantio de flores.


Gabriel Calita e Pe. Fábio de Melo

segunda-feira, 29 de março de 2010

DINÂMICA DE GRUPO DOS ALUNOS DE ADMINISTRAÇÃO 1AB


Permitir ao grupo vivenciar o processo de trabalho em que normas e padrões de desempenho rigido interferem no resultado e no clima do trabalho, principalmente em programas de treinamento em que se queira traduzir os temas, normas e padrões.

DINÂMICA DE GRUPO DOS ALUNOS DE ADMINISTRAÇÃO 1AB

TODOS ATENTOS NA DISPUTA E NO DESEMPENHO DOS GRUPOS.

DINÂMICA DE GRUPO DOS ALUNOS DE ADMINISTRAÇÃO 1AB


DISPUTA ACIRRADA. ESQUECEU O CHINELO! A MEIA! VOLTA! DE QUEM SERÁ AQUELA MÃO?

DINÂMICA DE GRUPO DOS ALUNOS DE ADMINISTRAÇÃO 1AB


ME PEGARAM...PROFESSOR! SENTIDO!

DINÂMICA DE GRUPO DOS ALUNOS DE ADMINISTRAÇÃO 1AB


A AMÁVEL MARIA E SUA GALERA EM MOMENTO DE DESCONTRAÇÃO. COLOCA JUIZO NESSE GALERA MARIA!

DINÂMICA DE GRUPO DOS ALUNOS DE ADMINISTRAÇÃO 1AB


EQUIPE QUE SABE ONDE VAI CHEGAR. AMIZADE, UNIÃO E COMPANHERISMO SÃO OS ADJETIVOS DESSA TURMA.